PÁGINA DA ESCRITORA

RITA NASSER

 

* TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

* Textos originais sem ilustração. Registrados na FBN.

 

Eu sou assim:

 

Meu nome é Rita Nasser. Tenho 42 anos, sou casada e tenho um filho de dez anos.

Nasci em São Paulo/SP e vivi por lá todos esses anos, hoje moro em Minas Gerais e sempre gostei de escrever.  Desde os seis anos, nunca mais parei.

Aprendi a escrever escrevendo como uma criança aprende a falar falando. E estou sempre aprendendo. Faço questão de manter viva a criança que existe em mim!

Ouvir o coração... Transbordar as emoções...

Tenho participado de inúmeros concursos e algumas antologias.

Escrevo para a revista cd expert kids, num pequenino espaço que se  chama “Sopa de Letrinhas”.

Meu primeiro livro infantil foi editado em 1998 pela Ed. Paulinas “A MÁGICA DA FLAUTA”.

Acredito em coisas simples e penso que se cada um plantar uma flor, o mundo será mais colorido e perfumado...

Se cada um acender sua pequena lâmpada o mundo ficará iluminado.

Paro para ver os passarinhos brincando na areia e saúdo cada flor que nasce no meu pequeno jardim.

Encontrei na Internet um espaço interessante para meu trabalho e, cá estou.

A melhor forma de me conhecer é lendo o que escrevo.

 

* As minhas melhores histórias estão guardadas “a sete chaves”,

amadurecendo...

 

            Grande Abraço...

Rita Nasser

08/12/2002.

* Textos originais sem ilustração. Registrados na FBN.

Exercício de Escrever!

 

Escrever sem parar, sem pensar, sem respirar...

Escrever, escrever, escrever...

Causos, contos, poesias, histórias de tristeza e alegria.

Escrever coisas verdadeiras, coisas inventadas, coisas misturadas.

Escrever sonhos, escrever cartas, escrever sempre e cada vez mais...

Escrever  para alguém, para ninguém, para você mesmo!

Escrever apenas... A duras penas!

Escrever assim como se fosse um exercício, um treino. Sem professor, sem críticas e sem compromisso.

Depois... Com vontade, vontade que às vezes não cabe guardada e martela na mente até que deságua em letras.

Letras simples que combinadas vão tecendo histórias. Vão dando sentido e vida própria aos personagens.

Então o autor, meio que obrigado,  põe seu ponto final.

Como se fossem independentes suas histórias vão  tomando seus próprios rumos.

E só se completam quando os olhos e o coração do leitor as contemplam.

Lá atrás fica o escritor, como quem vê partir um navio:

Solitário...

E só lhe resta seu sublime ofício:

Escrever... Escrever e escrever...

                                                                                     fev/2002

 

 

Histórias para crianças de 0 a 100 anos!

 

YYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY

 

Irineu e Marieta, um Amor QUASE Impossível.

Rita Nasser

 

YYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY

 

 

                                                                                                                     

 

Num pequeno zoológico de uma cidadezinha do interior aconteceu uma história de amor...

Marieta era uma girafa adolescente e apaixonada... Seus olhos brilhavam quando via Irineu, um macaquinho esperto, que vivia brincando de galho em galho.

Quando ele passava fazia tanta graça que ela começou a enxergar corações.

Irineu não era “macaco velho” mas macaco adulto e cheio de artimanhas. Muitas fêmeas ficavam paralisadas quando ele aparecia com sua conversa doce. O danado era simpático!

Não se sabe como, ele descobria do que as “meninas” gostavam e dava um jeitinho de conseguir os presentes. Fazendo graça para o público, ganhava amendoins em troca. Ia ajuntando, ajuntando e quando tinha bastante trocava com o camelô da porta por enfeites, brincos, pentes, essas coisas que as mulheres gostam. Depois o camelô trocava com o vendedor de amendoins, que punha num saquinho novo e vendia outra vez para os visitantes.

Assim Irineu ia conquistando os corações de todas as fêmeas do zoológico.

Marieta sabia que seria impossível um amor entre dois bichos, assim tão diferentes, mas como amor é cego e surdo, ela não se preocupava com o que os outros diziam e continuava suspirando e vendo corações.

Então Irineu sabendo daquela nova paixão tentou descobrir o que Marieta queria. Tentou, tentou, mas não conseguiu.

    Nunca havia acontecido isso! Ele sempre descobria e com ela era diferente. Irineu foi pra casa e pensou, e sonhou e se viu apaixonado também. Ficou dias com o coração pulando muito e tremia de vergonha quando estava perto de sua amada.

Foi então que seu amigo Rouxinol teve a idéia de descobrir que presente seria o sonho de uma girafa apaixonada. O passarinho escondidinho ouvia Marieta falando sozinha.

Tudo que eu mais queria era um batom com sabor de amora!

E o rouxinol amigo, tratou logo de contar para Irineu, que encomendou para o camelô e lhe custou uma fortuna em amendoins.

Mas a alegria de Marieta era tanta quando ganhou seu baton de amora, que valia qualquer sacrifício de macaco apaixonado.

Agora só se vê Irineu cheio de marcas de beijocas, conversando e alegrando a sua Marieta.

 

YYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY

 

 

COISAS DE ÍNDIO

 

Queria contar pra vocês

Uma coisa de cada vez:

Sabe Amigo? O que faz o índio

Quando começa o fim do dia?

 

Ele chama para a grande roda

Todos que estão ali na aldeia

E em volta do fogo irmão,

Contam histórias de fantasia,

Que se misturam com alegria

Às coisas do dia-a-dia!

 

Veja só meu grande amigo,

Que sabedoria se encontra

Nas chamas simples e belas

Que eles mantêm acesas!

 

ritanasser-julho/2002

 

 

 

G A TO    E S T R A G A D O

 

Miguel queria porque queria um animalzinho de estimação. Nos seus seis “longos”

anos de vida nunca havia tido um!

O menino não tinha com quem brincar. Papai e mamãe trabalhavam e quando ele não

estava na escola, ficava vendo TV, pois a empregada também vivia trabalhando na casa. 

Seus pais tentavam convencê-lo que morando em apartamento seria difícil.  Mas

quem convence criança decidida?

Sua solidão era tanta que um dia ligou para o tio e padrinho à procura de consolo e

aproveitou para fazer seu pedido: - QUERO UM BICHO!

     O padrinho tentou trocar por viagem, festa de aniversário, cinema, parque  e tudo mais e

O menino dizia: - SÓ QUERO UM BICHO. PODE SER BICHINHO, MAS NÃO MUITO PEQUENININHO.

     Então o padrinho pensou e repensou e deu-lhe um filhote de gato. Rajado. Parecia um

pequeno Tigre  e de olhos verdes e cara de filhote mesmo.

- É lindo o Teodoro, meu gatinho!

O padrinho pediu ao menino que desse notícias do tal  Teodoro. Isso lá é nome de gato!

          Mas  o nome combinava com ele, pois o Miguel só dizia: - Teodoro!  Eu te adoro!

         Os  dias foram passando e Teodoro miava fora de hora, fazia xixi pela casa, dormia o tempo

todo e quando estava acordado bagunçava tudo.

         Numa certa noite o telefone tocou e era o tio, querendo saber do gato. O menino Miguel já es-

tava  cansado de tanto ensinar o gato  e disse ao padrinho:

- Você me deu um GATO ESTRAGADO!  

O padrinho quase morreu de rir, pois sabia que os filhotes eram assim mesmo... Precisavam

ser ensinados com calma  e depois seriam bons  e eternos amigos.

         Agora sim!  Miguel estava feliz da vida, pois vivia dizendo ao gato:

         - TE ADORO!    T E O D O R O!

 

                                                                                                                                                         EM /11/04/2002                                  

                                     

A GALINHA ENSOPADA

                                                                                     Rita Nasser

A Galinha Margarida passeava sorrateira fazendo cogumelo de sombrinha.

Usava batom vermelho, pulseira de miçanga e brincos de argola amarela.

Mais dengosa ficou Margarida quando ganhou da comadre D’Angola uma bolsa de crochê colorida. 

Ansiosa esperava o domingo para desfilar sua vaidade. Pois vaidade de galinha é coisa especial, é vaidade emplumada.

Junto com a alvorada de domingo, o cantar do primeiro galo despertou a Flor-Galinha-Margarida...

Cantarolando feliz enfeitou-se para ir à praça da matriz.

Mas...

No seu caminho nuvens negras escureceram o azul do céu.

Assustada com a trovoada lembrou-se que havia deixado o cogumelo novo na varanda, pendurado.

E no meio da chuvarada, a Galinha Emplumada virou Galinha Ensopada.

           

U M A  I D É I A   GENIAL!

                                                                                         Rita  Nasser

 

 

Era uma vez uma rua plana, muito limpinha, com casinhas muito bem pintadas e jardins floridos. Onde moravam crianças bem comportadas que nunca sujavam suas roupas e nem falavam alto.

Nessa rua não acontecia nada.  Bom! Ou melhor: Ruim! Péssimo começo para uma história. Vou tentar outra vez...

Era uma vez, uma ladeira de paralelepípedos gastos, com casas muito antigas e desbotadas e alguns poucos vasos pelas janelas entristecidas.

 Quase não havia crianças pelas casas e os moradores mais velhos ficavam nas janelas esperando o domingo.

No domingo chegava o Neco, o Juca, o Chico, a Anita, a Tati, a Madaleine (único nome diferente da rua), e muitos outros netos brincavam por ali nos finais de semanas.

Não podiam jogar bola, porque ela corria ladeira abaixo e não havia quem quisesse buscar. Então viviam inventado “brinquedo novo”.

Certo dia resolveram brincar de repórteres e foram entrevistar os moradores.

Descobriram coisas incríveis. Seu Artur do 109 era músico e ainda tocava violino. Dona Ana da casa verde cheia de roseiras era doceira de primeira. O seu João, avô do Juca tinha cada coisa legal no porão: máquina de fotografia de 1900 e qualquer coisa, uma sanfona que ainda funcionava!  Seu Napoleão tinha um relógio-cuco, onde o passarinho saía de hora em hora para cantar as horas.

E foram descobrindo coisas e mais coisas!  O seu Carlos fazia versos, era poeta! Dona Zica e sua irmã Eunice tinham uma coleção de pratos de parede com pratos do mundo todo. E não era só isso! Era muito, muito mais. Lembranças, fotos antigas, placas de rua, projetores de filme, máquinas de costura, moedor de café, panelas, quadros e vasos antigos.

Foi então que tiveram uma IDÉIA GENIAL: Organizar o MAMAM (museu de arte muito antiga mesmo).

Tudo foi organizado na garagem emprestada do seu Rafael. As crianças fizeram convites e lembranças.

As idades de ontem e de hoje se misturavam naquele encontro.

Teve doces, música, poesia...

E MUITA ALEGRIA!

·          Amigo Leitor! Que tal organizar um MAMAM com seus amigos!

Jun/2002.

 

UM DIA PARA LIBERTAR MARIANA.

Rita Nasser.

           

 

         Numa tarde de domingo Mariana caiu do seu ninho quando tentava voar.

         Era ainda filhote a passarinha...

         Rolita Mariana foi cambaleando em seu vôo experimental e caiu numa área,

em cima do saco de lixo, o quê foi sua salvação.

         Os donos da casa, ao escutar um bater acelerado de asas, logo descobriram a visitante.

         E como Rolita tinha sorte! A danada foi cair bem numa casa onde havia menino pequeno.

         Pensaram em nomes diferentes e, finalmente escolheram Rolita Mariana, por ter sido

 encontrada em maio e também porque combinava com seus olhinhos redondos.

         Mãe e filho trataram logo de arranjar uma caixa com água e comida.

E Mariana acalmou-se.

         Teriam que soltá-la em breve, pois “Aos ares pertencem os alados”, como dizia e cantava a mamãe:

Uma Rolinha voou, voou...Caiu num laço e se embaraçou...

         Pediram uma gaiola emprestada para hospedar Mariana por alguns dias.

         Ela treinava seu vôo pela pequenina gaiola e olhava espantada para os olhos do menino.

         Os dias passavam e Mariana estava calma e bem mais forte.

         O filho marcou para quinta-feira o Dia da Liberdade!

         Era preciso dar ao pequeno voador o direito de escolher: Ir ou ficar.

         Será que Rolita voltaria algum dia?

         Então a mãe lembrou-se da avó que agora também pertencia ao céu... 

Mas antigamente ao arrumar a casa, vovó cantarolava a história de um sabiá que

ao fugir da  gaiola deixara a menina chorando e terminava dizendo:

         - Sabiá!  Estou te esperando. A menina diz soluçando.

         Sabiá responde de lá:

         - Não chores que eu vou voltar!

         O céu azul e limpo daquela quinta-feira de outono esperava a passarinha

no vôo para a LIBERDADE!

         - Adeus!   Ou Até logo Rolita Mariana.  Despediram-se todos.

         - Até loooooooogo!

         E voou sorrindo a passarinha...               

                                                                                                                                   

 

RITA NASSER

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